O Vendedor de balões
Era uma vez um velho homem que vendia balões numa quermesse.Evidentemente, o homem era um bom vendedor, pois deixou um balão vermelho soltar-se e elevar-se nos ares, atraindo, desse modo, uma multidão de jovens compradores de balões.
Havia ali perto um menino negro.
Estava observando o vendedor e, é claro apreciando os balões.
Depois de ter soltado o balão vermelho, o homem soltou um azul, depois um amarelo e finalmente um branco.
Todos foram subindo até sumirem de vista.
O menino, de olhar atento, seguia a cada um.
Ficava imaginando mil coisas...
Uma coisa o aborrecia, o homem não soltava o balão preto.
Então aproximou-se do vendedor e lhe perguntou:
- Moço, se o senhor soltasse o balão preto, ele subiria tanto quanto os outros?
O vendedor de balões sorriu compreensivamente para o menino, arrebentou a linha que prendia o balão preto e enquanto ele se elevava nos ares disse:
- Não é a cor, filho, é o que está dentro dele que o faz subir.
Anthony de Mello.
1 comentários
Bela reflexão. Por muitas vezes nos deixamos levar pelas aparências esquecendo-nos de que o que realmente é importante, sempre está no interior de cada coisa/pessoa (sempre fica por dentro) fora do alcance dos nossos olhos.Por exemplo; O que faz o nosso corpo funcionar bombeando sangue?. Qual é a parte mais importante de uma fruta? Qual a melhor parte de um pastel, ou seja, as coisas mais preciosas e importantes sempre se encontram distantes do que podemos ver. Isso é o que as tornam especiais.
Parabéns pela bela postagem.
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